Foi junto ao monte submarino Condor, nos Açores, que o navio de investigação “Arquipélago” desligou o sistema AIS (Automatic Identification System), no dia 9 de outubro. O objetivo era testar se o protótipo da empresa S&T, dos Países Baixos, seria capaz de gerar um alerta de “dark ship” em tempo recorde, acedendo diretamente aos dados da Estação da Agência Espacial Europeia, localizada na ilha de Santa Maria. A operação foi concluída com sucesso: bastaram cerca de 60 minutos para aceder aos dados da constelação de satélites “Copernicus” da União Europeia (especificamente, os satélites Sentinel 1-A e Sentinel 1-B) e assim detetar a anomalia. Este teste fez parte da terceira fase do Marine-EO, um projeto no qual a DGPM assume o papel relevante de “Lead Procurer”, conduzindo todo o processo de PCP (Pre-Commercial Procurement). Através do Marine-EO, procura-se estimular a exploração da informação produzida pelo Programa “Copernicus” através do desenvolvimento de soluções inovadoras para os desafios críticos que a Europa enfrenta no domínio marítimo e marinho,
nomeadamente a monitorização ambiental marinha, alterações climáticas, migração ilegal, segurança das fronteiras e segurança marítima. As soluções apresentadas a concurso encontram-se já na terceira fase do projeto, dedicada precisamente ao desenvolvimento original e validação/teste dos primeiros produtos. Neste momento, encontram-se a concurso os protótipos das empresas “Planetek” e “Telespazio” (desenvolvidos no âmbito da Monitorização Ambiental Marinha) e ainda, os das empresas E-GEOS e S&T (mais vocacionados para a Segurança e Vigilância Marítima). Para Portugal, reveste-se de particular interesse que destes protótipos resultem, potencialmente, soluções que auxiliem na monitorização ambiental das águas marinhas, bem como – neste caso - na segurança e vigilância marítima aplicadas à monitorização de Áreas Marinhas Protegidas (auxiliando, particularmente, as operações de fiscalização das pescas). Saiba mais sobre o Marine-EO
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